quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Homenagem a um "anjo azul".

A FOTO MOSTRA O CARISMA E A ALEGRIA DESTE IRMÃO QUE NOS DEIXOU. PARA SEMPRE...

Diferente do que foi publicado por alguns jornais e falado por algumas pessoas, a morte do guarda municipal Marcelo Silva não foi decorrente de nenhuma ação impensada para impedir que os marginais agissem, muito menos pode ser chamada de fatalidade, como alguns disseram. Execução sumária é a palavra certa para o que aconteceu com nosso querido colega.
Marcelo estava fazendo rondas nas imediações da antiga rodoviária, por infelicidade, essa sim é a palavra, os assassinos estavam manobrando o veículo para se evadirem do local próximo onde haviam praticado o assalto. Ao executarem as manobras evasivas, por uma infeliz coincidência, quase colidiram com a motocicleta da Guarda Municipal, que a vítima estava pilotando. Sem saber o que estava acontecendo, Marcelo parou para conversar com o condutor do referido veículo. O que ele não esperava é que naquele carro estavam os bandidos que haviam roubado uma relojoaria a poucos metros dali. Antes que Marcelo pudesse esboçar qualquer reação, foi alvejado covardemente por quatro tiros que lhe tiraram a vida.
Diante disso, fica nítido que somente o fato de um agente estar nas ruas uniformizado já é motivo para se tornar alvo daqueles que escolheram a vida do crime como objetivo de vida. Marcelo foi morto porque os vagabundos acreditaram que ele estava tentando impedir a fuga. Nós sabemos disso, mas ele morreu sem ao menos saber por quê. Se soubesse que estava diante de bandidos armados, estando ele desarmado, não teria parado no local. Acionaria através do rádio a Polícia Militar, que está devidamente equipada e armada para combater o crime. Marcelo era uma pessoa que respeitava todas as normas de segurança, e tinha prazer em viver junto com seus amigos e familiares.
Por fim, gostaríamos que todos soubessem o quanto Marcelo foi importante na vida de todos os guardas municipais de Tubarão, e o quanto ele foi amado e querido. Apesar de toda a dor que invade o nosso peito e nossa alma nesse momento, pudemos encontrar e reunir forças para escrever um pouco do muito que Marcelo representou para seus colegas de trabalho. Amigo, fiel, inteligente e sempre presente com uma palavra amiga. Envolvia-se de corpo e alma nas causas sociais, gostava de ensinar para as crianças o caminho das pedras, para que se tornassem homens de honra, assim como ele foi nesse período que esteve entre nós.
Agradecemos a Deus por ter nos dado Marcelo de presente, mesmo que por pouco tempo. Nesses 33 anos de idade, nós, guardas municipais, tivemos a alegria de conviver quase três anos com ele. Foi um pequeno período, mas foi cheio de alegria e momentos que nos engrandeceu. Sua vida foi ceifada de forma trágica e triste, mas continuará vivendo eternamente dentro de nossos corações.
A maior angústia vivida pelo homem é a condição de viver à espreita da própria morte. Sabemos que um dia ela chega, mas nunca estamos preparados para receber. É como diz o refrão de uma antiga música do Ira: “Quando teus amigos te surpreendem deixando a vida de repente, e não se acreditar. Mas essa vida é passageira, chorar eu sei que é besteira, mas meu amigo, não dá pra segurar. Desculpe meu amigo, mas não dá pra segurar!”...

Um comentário:

  1. Roseval Wilson Fernandes5 de março de 2012 às 13:35

    Saudações em azul Marinho.

    Parabéns pela matéria esclarecedora.
    - Enquantos muitos procuram denegrir a imagem de um profissional, muitos estão defendendo vidas mesmo que isso venha custar a sua.
    Deus é contigo meu amado. Estamos juntos nessa luta. Um dia, um dia! Sim! Um dia veremos mudar essa realidade de que "poder de polícia" é o poder da polícia. Que Deus vos dê graça e Paz para continuarem prestando serviços relevantes. Um forte abraço a Fam´lia azuil marinho e a família do GCM em questão

    Ps: Pastor Roseval Wilson
    GCM: Roseval de Laranjal Paulista-SP

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